segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Silêncio

Fecho meus olhos nesta noite,
Ouço a chuva lá fora
Convidando-me ao sonho.
Ah, se tudo fosse essa noite...

Silêncio,
Meus inimigos querem dormir.
Pela manhã penso em encontrá-los;
E se minha morte é certa,
Peito aberto,
Junto meus restos
E me entrego à crueldade.

À noite refaço minha humanidade.
Durmo,
Pois pela manhã seguinte encontrarei meus inimigos.

terça-feira, 4 de agosto de 2009

Tive todos meus pesadelos essa noite.
Um a um, todos temi.
A dor, o medo, o sofrimento,
Retorcia-me em face de tamanho desprezo.
Via o sol tornar-se negra silhueta,
Agia e não sabia o porquê.

Surdo mundo dos sonhos,
Invadia o dia.

Toda minha ira transformava-se em nada;
Tirou-me os mais queridos,
Lembrou-me dos esquecidos.

Pôs fim em toda a história,
Foi espelho aonde eu queria esquecer.

O sonho foi chegando ao fim,
O dia já nascia.
Se acordei, não sei.

Assim esses versos
Vão findando,
Sem nunca haver um fim.