sexta-feira, 18 de julho de 2008

Fumaça na paisagem

Quem dera
Eu tornasse a ouvir aquele som.
Aquela melodia,
O assoviar do mistério;
Indescritível harmonia
Que me levou ao relento;
Dia após dia
Tirava-me lágrimas,
Lágrimas de alegria.
Andava sob compassos graciosos,
Leves como uma pluma no ar.
Dizia-me palavras de graça,
Palavras que levavam-me
Ao profundo sentido humano,
À origem.
Quem dera abrir os olhos
E ver como a criança vê um jardim,
Começar de novo.
Queria deitar
E ver o horizonte,
Sem saber ao certo
Onde termina a terra,
E onde começa o céu.
Conversa eterna,
Com o mistério da vida,
Falando coisas bobas,
Dizendo sobre dores,
Alegrias e até amores.

Perguntaram-me se Deus,
No finalzinho da tarde,
Vinha trocar algumas palavras.
Silenciei.

07/08

3 comentários:

Anônimo disse...

Parece um salmos moderno ! =]

Beeeeijos

anna disse...

"Conversa eterna,
Com o mistério da vida,
Falando coisas bobas,
Dizendo sobre dores,
Alegrias e até amores."

isso pra mim é amor.

Alice disse...

"isso pra mim é amor."
(;