segunda-feira, 4 de agosto de 2008

Prenúncio de dor e loucura.

Ele, o homem
Acorda com o ensurdecedor som do silêncio.
Paira entre a dúvida e as luzes que o seduzem.
Encontra a mentira no silêncio
E a súplica na voz dos malditos :
"Nos dê plenitude!", eles gritam.

Correm atrás do destino
Entre os gritos da ilusão
E o solo de cimento.
Loucura visceral que os move.

Ele, o homem,
Teima em um piano de bar vazio,
Matando-se aos poucos,
Chorando notas que tocam seus cabelos.

Eles querem, precisam.
A multidão caótica
Grita pelo subjetivo andar da alma,
Pelo vagaroso caminhar do vento.

Entre a realidade e a desilusão,
Ele continua em seu piano.
Como dói cada compasso humano.

Ilusão.
Bolhas de sabão industriais.
A razão das indeterminações.
Bem, mal, esquerda, direita,
Somos todos humanos animais.

O homem dói cada canção lenta,
Num bar vazio,
Entre os fantasmas humanos
Todos humilhados, sentados no chão.

Como dói cantar a realidade,
Bonita humilhação.

08/08

3 comentários:

anna disse...

"Ele, o homem
Teima...
(...)
Entre a realidade e a desilusão,
Ele continua ...
(...)
Como dói cantar a realidade,
Bonita humilhação."


isso pra mim diz tudo. e ainda me dá a sensação de q vc entende oq eu tô vivendo.. hehe e isso não deixa de ser reconfortante.

Pelathar disse...

Já é tempo de trocarmos alguns papéis Gabriel!
Aqueles corredores com cheiro de suor de micareta nunca mais vão ser os mesmos. haueha

É o Zé,

abraços

Alice disse...

tem um 'não-sei-o-quê' de beleza nos seus poemas tristes que encanta, sabia?

;x