quinta-feira, 14 de agosto de 2008

Vermelho inocente

Pela janela de um quarto alto,
O vento toca seu rosto, brinca com seu olhar curioso.
Seus cabelos dourados contam histórias
Dizem sobre beleza,
Falam sobre ela,
Expressiva, cuidadosa.
Ao final do dia,
Em uma tarde pretensiosa,
Assim conversam com ela
Os inocentes dias,
Leves, calmos, pacientes.
Ela escuta atenta,
Sempre desprevinida.
Todas as tardes ela é criança
Eternizada no silêncio.
Na força do não saber,
Ela é forte como os montes,
Frágil como as rosas;
Só então, larga de ser menina
E passa a ser mulher

08/08

4 comentários:

Pelathar disse...

Já não me faz tanta diferença querer saber se o vermelho é da rosa desabrochando ou da maça do rosto tímido.

Boa Gabriel

anna disse...

o vermelho pode ser de uma fruta amadurecendo.
mas não foi a primeira coisa q eu pensei, ams não vou citar pra não estragar o glamour da poesia.
hehehe
=*
inspirado em quê/quem esse poema?

Humberto R. de Oliveira Jr disse...

Se ela ler este poema, ela vai se envaidecer e se entregar a devaneios, certeza. A única coisa que ela e as outras todas não sabem (e, muito sério isso, não devem saber) é que a beleza aqui em questão encontra-se muito mais nos olhos do poeta que a vê e admira do que nela própria...

Os poetas têm essa mania de criar princesas e rainhas... Mania extremamente deliciosa!

Maravilha!

Thalita Souza disse...

"Todas as tardes ela é criança
Eternizada no silêncio"

tá muito foda xuxu!