Há um grito que ecoa
Pelas ruas, pelas calçadas;
Entra nas casas,
Faz-se ouvir nos quartos.
É o grito que
Tira a esperança dos débeis,
A lucidez dos sábios,
A certeza dos amantes.
É o som que ensurdece,
Fere os imortais,
Abre a ferida e estanca.
Absorto, absorto,
Náufrago, solitário
No espelho turvo
Dos sonhos.
Torpor
Torpor.
Não sinto mais amor
Não sinto mais ódio
Não sinto mais alegria
Não sinto mais tristeza
Não sinto mais
Não sinto
Não
...
É o grito que separa
A fala de quem ama;
E o silêncio
De quem conta estrelas
Entre sonhos e promessas de eternidade.
09/08
quinta-feira, 4 de setembro de 2008
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3 comentários:
torpor...
;~
Gagá!
és blogueiro?
adorei!
o meu ta em construção (logo, demorará 73849 anos hehe)
bjohnes
Vale a pena entrar neste espaço. Gosto do que escreve, com certeza um dos poucos blogs que visito.
Vale mesmo a pena!
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