sábado, 10 de maio de 2008

A fuga

Em vista de tudo,
Da dor, dos desaventos,
Das perguntas sem reposta;
Do passado, da herança,
Das pequenas trangressões,
Do riso forçado,
Da dificuldade de enfrentar a alegria;
Me sinto estarrecido com a calma,
Com a frieza tão acolhedora
Do céu, de uma flor fugida,
De uma criança que corre nas ruas
Cobertas de ouro negro.
Em que pés tão singelos,
Tão inocentes, pisam.
A esperança não nasce,
Ela vive.
E assim como o ser humano,
Ela envelhece e caduca.


11/07

Nenhum comentário: